Há nós que precisam ser desatados,
nós dos sentimentos emaranhados,
das palavras que ficaram entaladas na garganta,
das memórias que insistem em prender o presente.
São nós que se formam no silêncio prolongado,
no abraço que não veio, na espera que se cansou.
Desatar não é esquecer,
é olhar com ternura para o que foi vivido
e escolher seguir sem peso de carregar tudo.
É reconhecer que alguns laços só apertam,
mas não unem.
Há nós que se desmancham com um gesto,
outros com o tempo, alguns com lágrimas,
e os mais profundos, com o perdão.
Desatar é também libertar-se
do que machuca e do que não cabe mais.
Desatamos certos nós em silêncio, na solidão corajosa.
Mas há aqueles que só se desfazem na partilha,
quando o coletivo acolhe.
Desatar é abrir espaços dentro de si
para que o novo entre leve,
e o coração, enfim, possa respirar em paz.
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Autor:
Mayara Leite (
Offline)
- Publicado: 2 de agosto de 2025 13:50
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Mayara Leite, Edla Marinho
Comentários2
Oi, poetisa.
Mesmo o seu escrito, sendo taxado de moderno.
Mesmo, não se dando o empenho as rimas.
O final, poderia ter sido diferente.
Pois poesia, tipo história, ade se florear.
Isso não e critica, pois também tenho meus erros.
Mas aprendi uma coisa, que o poeta tem que ter.
A sagacidade da observação.
Não me queira a mau e nem leve minhas palavras a serio.
Mas de uma coisa tenho razão, se não houvesse um meio.
Como iria te comentar.
Prazer.
JT
Boa noite, menina!
Verdade, os nós mais difíceis de se desatar são os mais importantes e mais libertadores.
Amei seus versos, sua poesia.
Tenha uma linda noite e um feliz domingo, meu abraço!
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