Dúvida febril

Nalva Melo


Pensei em teu sorriso e senti saudade.
Quis te chamar, mas fiquei presa entre o orgulho e a verdade.
Dúvida febril que me consumiu,
embora o coração gritasse, eu não me permiti — me contive e não prossegui.


O silêncio é a sombra da voz que calou,
entre o orgulho e o medo, um muro se ergueu.
A saudade é um eco que nunca parou,
memória de um "fica" que o tempo esqueceu.


! Me afogo no rio das lágrimas na busca por consolo.
Porque me deixaste tolo!
Perdoe-me, não falei por maldade
foi a forma que encontrei para resistir à saudade


essa saudade que teima em me manter enjaulado
em um silêncio total
me sentindo atordoado
pela voz de uma memòria banal


Não, não mais ocultarei tal dor e tormenta,
Que em meu peito, como chama, se apresenta.
Viaje a saudade, brisa leve e sonhadora,
Levando lembranças na manhã encantadora.

  • Autores: Nalva Melo (Pseudónimo, CORASSIS, credence
  • Visível: Todos os versos
  • Publicado: 2 de agosto de 2025 13:20
  • Limite: 6 estrofes
  • Convidados: Amigos (usuários da sua lista de amigos podem participar)
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema com 3 a 4 estrofes de 4 versos cada. Rimas cruzadas (ABAB) ou emparelhadas (AABB). Tema: silêncio, orgulho, saudade e verdade não dita. Linguagem simples, emocional e poética, com metáforas sobre voz, sombra e memória.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5