Silêncios que Falam

FILIPE4OLIVEIRA

Há beleza em nascer, mas também em partir,
No direito sereno de, enfim, desistir.
Não por fraqueza, nem fuga, mas por escolha.
Quem somos nós pra negar a partida?
Se o tempo se arrasta sem cor nem alento,
Nem todo sopro é desejo, nem toda dor é lição,
Há dores que apenas pedem silêncio, não salvação.
Quando o existir se torna exílio,
Partir é o último ato de coragem.
Viver é um privilégio, não uma obrigação.

  • Autor: FILIPE4OLIVEIRA (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de agosto de 2025 14:45
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema me toca pela honestidade com que aborda um tema delicado: a dignidade da escolha diante da dor contínua. Ele não romantiza o sofrimento nem impõe um ideal de resistência a qualquer custo. Em vez disso, propõe uma reflexão serena sobre o limite entre viver e simplesmente existir — e sobre como, para alguns, a despedida pode ser um ato de coragem e autonomia, não de desistência covarde. Para mim, ele fala sobre empatia. Sobre reconhecer que nem todas as dores são visíveis, nem todas as batalhas são vencidas com palavras de esperança. Às vezes, o gesto mais humano é ouvir o silêncio do outro, aceitar sua dor sem julgamento, e entender que viver deve ser um direito carregado de sentido — e não uma imposição vazia.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 16
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Sim, acredito que existe momento poético na partida! Faz parte desse amontoado de sentimentos.
    Abraços!



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