Há beleza em nascer, mas também em partir,
No direito sereno de, enfim, desistir.
Não por fraqueza, nem fuga, mas por escolha.
Quem somos nós pra negar a partida?
Se o tempo se arrasta sem cor nem alento,
Nem todo sopro é desejo, nem toda dor é lição,
Há dores que apenas pedem silêncio, não salvação.
Quando o existir se torna exílio,
Partir é o último ato de coragem.
Viver é um privilégio, não uma obrigação.