Os meus dedos estão em silêncio,
e isso me incomoda um pouco.
Não sei ao certo o motivo,
pois tenho tantas coisas aqui dentro
que apertam e pressionam meu raciocínio.
Estou acostumado
com o alívio fluido que há no meu tato,
em especial, na ponta dos dedos.
Quero explanar que tenho medos:
tenho medo de que fiquem aleijados.
Não sei ao certo o que fazer.
Nunca escrevi de muletas —
sempre escrevi ao compasso,
pois nunca houve uma mancada no passo.
Se eu me locomover dessa forma,
tudo que eu disser será um estrago.
Além de serem meu andar,
eles são também válvulas de escape,
que aliviam meu pensar
quando nada mais me cabe.
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Autor:
Cristão (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 1 de agosto de 2025 10:12
- Comentário do autor sobre o poema: Tenho medo de ficarem poeticamente aleijados
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 22
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