era você, meu último suspiro,
quando tudo dentro de mim já cansava,
quando até o amor pedia descanso,
e o coração — já fraco — batia só por hábito,
só por tua lembrança.
foi teu nome o último que meu peito gritou,
não em voz alta, mas em silêncio partido,
entre uma lágrima que ninguém viu
e um “fica” que morreu na garganta,
porque você já não ouvia.
te dei o que restava de mim
como quem oferece flor em cemitério:
sabendo que não muda nada,
mas mesmo assim entrega,
com todo o amor e toda a dor.
me doía respirar,
não por falta de ar,
mas por excesso de saudade.
e cada vez que eu inspirava,
teu cheiro vinha,
como se o tempo zombasse de mim.
era você, sim…
o fim da linha,
a última prece,
o suspiro mais honesto
que já soltei,
e que ninguém entendeu.
30 jul 2025 (13:39)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 30 de julho de 2025 12:39
- Categoria: Triste
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Bela flor, MAYK52
Comentários4
A saudade marca em cada detalhe, lindo seu poema poeta. Boa tarde.
Verdade Rosangela...
Tudo vemos tristeza...
grato pela leitura .
boa tarde.
Sinto vc e sua saudade ecoa em meu coração S2
E sabemos que essa saudade está bem longe...
A saudade dos belos momentos da vida, doem muito dentro de nós...
Gostei bastante, amigo Melancolia.
Abraço fraterno.
Verdade amigo...
Aquela a quem mais amamos...As vezes deixa marcas dentro....E só sangra...
Abraços...Gratidão pela leitura...
Vigi, seu poema e tão grande, que até tocou minha alma.
Riso.
Bravos poeta.
JT
Às vezes é assim mesmo: a poesia vem tão cheia de sentimento que ultrapassa o tamanho das palavras e vai direto pra alma. Seu comentário é simples, mas cheio de verdade — e o “riso” no meio traz leveza, como quem sorri mesmo emocionado. Que bom é quando um poema causa isso. Bravos a você também, por sentir com o coração aberto.
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