era você, meu último suspiro,
quando tudo dentro de mim já cansava,
quando até o amor pedia descanso,
e o coração — já fraco — batia só por hábito,
só por tua lembrança.
foi teu nome o último que meu peito gritou,
não em voz alta, mas em silêncio partido,
entre uma lágrima que ninguém viu
e um “fica” que morreu na garganta,
porque você já não ouvia.
te dei o que restava de mim
como quem oferece flor em cemitério:
sabendo que não muda nada,
mas mesmo assim entrega,
com todo o amor e toda a dor.
me doía respirar,
não por falta de ar,
mas por excesso de saudade.
e cada vez que eu inspirava,
teu cheiro vinha,
como se o tempo zombasse de mim.
era você, sim…
o fim da linha,
a última prece,
o suspiro mais honesto
que já soltei,
e que ninguém entendeu.
30 jul 2025 (13:39)