Para minha mãe

Avelino

Sombras, escondido,

cobertas dispersas

o rosto cobrindo.

Às trevas empresta

o temor do escuro

o medo, o sombrio.

Sombras que não se movem,

ao largo, latidos,

gatos sobre telhas,

são gatas no cio?.

E ouço, o que é?,

longe, risos,

vozes de mulheres,

vozes de meninos.

A prece, com pressa discorre,

almeja o abrigo.

As noites, eternas,

os dias virão corridos.

Sem saber no entanto,

não há mais perigo,

e a paz,

à mãe a ligo.

 

 

  • Autor: Avelino (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de agosto de 2020 05:37
  • Categoria: Família
  • Visualizações: 12
Comentários +

Comentários3

  • Hébron

    Linda poesia!
    Lembrei, ao ler, de quando era criança ao acordar durante à noite, percebendo, atento, os sons da madrugada, a sensação de medo crescendo com as criações da imaginação infantil... dos perigos das sombras...
    Abraço

  • Edla Marinho

    Bom dia, poeta.
    A mim, também, seus versos trouxeram lembranças : os filhos pedindo socorro nas madrugadas. A gente corre lá, abraço e com isso espanta os monstros...
    Gostei, uma bela homenagem.
    Meu abraço.

  • Marcos Valerio de Souza

    Formoso e belo poema.
    Está de parabéns, poeta.

    • Avelino

      Obrigado. Bom que gostou.



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