Avelino

Para minha mãe

Sombras, escondido,

cobertas dispersas

o rosto cobrindo.

Às trevas empresta

o temor do escuro

o medo, o sombrio.

Sombras que não se movem,

ao largo, latidos,

gatos sobre telhas,

são gatas no cio?.

E ouço, o que é?,

longe, risos,

vozes de mulheres,

vozes de meninos.

A prece, com pressa discorre,

almeja o abrigo.

As noites, eternas,

os dias virão corridos.

Sem saber no entanto,

não há mais perigo,

e a paz,

à mãe a ligo.