A Caravana da Cor

Marcelo Marques - Cig

Chegou pela estrada de pó e luar,
A caravana a cantar sem temer,
Com roda, fogueira e olhar a brilhar,
Trazendo a cultura que encanta o viver.
A cidade estremece, começa a acolher.

As crianças correm, olhos em festa,
Seguem tambores, vestidos a rodar,
Querem saber dos cavalos, da seresta,
Do povo que dança sem nunca parar —
O encanto é cigano, difícil explicar.

Moças se enfeitam com fitas no cabelo,
Ansiosas por ver a velha cigana,
Que lê nas cartas o futuro mais belo
Ou fala de amores vistos na chama,
Sussurra segredos que o destino emana.

Há cheiro de mirra, de pão e jasmim,
No ar uma música doce e encantada,
É noite de estrelas e vinho sem fim,
Onde cada alma se sente abraçada,
Na dança que a vida nunca nega nada.

E assim segue o povo, livre e errante,
Deixando saudade, cor e emoção,
Por onde passa, é sempre vibrante,
Levando consigo a antiga canção
Do povo que vive com o coração.

  • Autor: Marcelo Marques - Cig (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de julho de 2025 11:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.