Um arremedo de felicidade,
Uma hecatombe em nome da vaidade.
Como se alguém se alegrasse com o aroma de flores plásticas.
Nos iludimos com imagens, palavras elogiosas e sarcásticas.
Somos felizes quando divulgamos nossa face aos mil.
Quando milhares de polegares para cima me parece gentil.
Quando na verdade sou uma sombra com sorriso de “Mona Lisa”.
Fingindo que sou feliz quando recebo meu elogio instantâneo, pelo aparelho em minhas mãos que me avisa!
Ah! Quando tudo era real...
O Amor, a dor, o rancor e o elogio não era superficial!
Quando entre meus iguais eu poderia ser ridicularizado e sofria!
Mas isso apenas me fazia mais forte e real, não iludido e superficial!
Quando chorava, as quentes lágrimas, ardiam, mas quando secavam moldavam quem eu seria.
Hoje se a tela fria diz o que não se queria, sucumbem a ira, e quem diria que alguém até atiraria!
Triste herança, arremedo de felicidade, que conta o sucesso, pela sua bilhetagem!
Como se o dom não fosse necessário e a felicidade e o amor fossem uma chantagem!
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Autor:
Hades (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 21 de agosto de 2020 10:15
- Comentário do autor sobre o poema: Diga o que pensas! Será que nos associamos nas redes sociais? Será que a felicidade apresentada, não lhe parece demais? Será que é amor, dor, amizade ou apenas um egoismo sagaz?
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 19
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Offline)
Comentários5
Bom dia poeta. Excelente!
Parabens!!!!
1 ab
Obrigado amigo
Você tem razão, Carlos. Nós estamos vivendo num "arremedo de felicidade" e se deixando levar pela falsidade. Alegrias patrocinadas por álcool, por drogas... Tudo falso. Abraços
E pela superficialidade do boot de amor das redes
Carlos, seu poema traz uma crítica tão necessária, no ritmo de uma primorosa poesia.
Muito bom seu texto!
Abraço
Obrigado amigo, seu elogio é importante pra mim!
Carlos Hades, um baita metapoema pensei; antes de ver o comentário; depois continuei achando mesmo muito bom...
Forte abraço...
Obrigado amigo, abraço
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