“No fundo das prisões, o sonho não tem limites, a realidade nada refreia” (Albert Camus)
Prega no deserto
Numa língua estranha
Incompreensível
Eremita invisível vagando pela festa
Sua areia escorre
Enquanto não morre
Ampulheta sob seus pés
O tempo que lhe resta
Prossegue
Onda que se arremessa no rochedo
E reflui com sobriedade
De manhã cedo
Caminha de um horizonte a outro
Sísifo de seu destino
O que lhe salva é o sonho
O transe, o devaneio
Imerso nos sedutores e envolventes
Eflúvios da impossibilidade
Norte nessa monótona paisagem
Não uma viagem
Mas um sorteio...
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