Teus segredos escorrem como vinho dionisíaco,
nos lábios que mordem verdades profanas;
te chamo de amiga — mas em ti habita
a ninfa que invoco em noites insanas.
Teus dedos passeiam em minha imaginação
como Platão entre ideias e carne —
amizade? Um véu tênue demais
pro que tua pele em mim disfarce.
És confidente e chama,
minha Safo moderna em lençóis de silêncio.
Tuas palavras me penetram
com a volúpia de um verso indecente.
E quando me olhas sem dizer,
sou templo profanado por tuas vontades —
porque entre nós, o sagrado e o sujo
copulam em doces cumplicidades.
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Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 20 de julho de 2025 15:56
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante
Comentários1
Muito bom!!!
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