Poema: Sofona de Vital Domingo

Francisco Claudio da Costa (Claudio Gia)

Poema: Sanfona de Vital Domingo

(Cláudio Gia, Macau RN, 15/07/2025)

Vital, não chores, não,
Que a sanfona fala mais alto,
Enquanto os ventos de Carnaúbas
Teimam em passar calados.

Se os políticos não te enxergam,
É porque a luz te cobre demais,
Teu fole abre caminhos de esperança,
E teu som ecoa por outros cais.

Na beira da praça vazia,
Teu canto enche o ar de amor,
E cada nota, Vital, é poesia,
Que consola tua alma de cantador.

Deus te vê, na calma do sertão,
Te dando força pra tocar sorrindo,
Porque tua sanfona é oração,
E teu destino, Vital, é ir seguindo.

Não fiques triste, meu amigo,
Teu dom é semente no chão,
Enquanto tocas, és abrigo,
És música viva no coração.

Pois quando a noite cai serena,
E o silêncio tenta se impor,
A sanfona de Vital, tão pequena,
Transforma a dor em puro amor.

  • Autor: Claudio Gia (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de julho de 2025 10:33
  • Comentário do autor sobre o poema: Vital Domingo grande sanfoneiro do Vale do Açu (Carnaúbas) Abandonado pelo puder público da sua terra natal, que pra poder tocar sua Sofona e suas poesia tem que ir pra outros município vizinho
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


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