Dois astros, sim, mas de carne morna —
não giram em céus, mas no centro do vício.
São os alvos montes onde o pecado reza,
e onde a fé do toque encontra seu ofício.
Cada aréola é um sol oculto,
desenhado à mão pelo delírio divino.
E sob minha boca faminta de templo,
pulsam, sagrados, em ritmo clandestino.
Ali, a saliva vira oração pagã,
e os dedos — monges profanos — peregrinam.
Tão firmes, tão plenos, tão indecentes de beleza,
que fazem da luxúria um rito que redimem.
Ah… não os vejo apenas,
eu os pressinto: no escuro, no sonho, no gozo.
Pois há neles um segredo que me consome —
e que só se revela entre dentes e desejo.
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Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 16 de julho de 2025 09:54
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 29
- Usuários favoritos deste poema: MAYK52, Melancolia..., Feiticeira
Comentários4
Gostei bastante deste "Ode aos teus seios".
Os seios, são sem dúvida um estímulo e um convite à sedução e ao amor.
Parabéns pela inspiração!
Abraço!
Obrigado MAYK52
Profundo e sereno...
Gostei demais..
Bravo.
Melancolia... Obrigado.
Belíssimo!
Sensual com elegância!
Palavras quase sutis, ao mesmo tempo quase explícitas.
Prazer em ler
Meu abraço!
Edla Marinho sz obrigado
Nossa...que definição perfeita S2. Versos Discretos Parabéns.
Feiticeira sz
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