No Silêncio da Madrugada

Nalva Melo

No Silêncio da Madrugada

Quis dormir, mas o sono fugiu,  
No peito, a respiração se partiu.  
Uma dor imensa me fez calar,  
Sufocou meu coração sem avisar.

As palavras se perderam em mim,  
Na porta, a solidão bateu enfim.  
O frio entrou, sem pedir licença,  
E a ferida antiga fez presença.

Desejei voltar, deixar de existir,  
Não mais acordar, não mais sentir.  
Vivi de ilusão, me enganei outra vez,  
Sonhei com água, mas era só aridez.

Oh Deus, escuta o meu clamor,  
Não me deixes sem Teu amor.  
Sustenta-me, não deixes desvanecer,  
Se estou só, que eu possa Te ver.

Resta-me o Senhor, fiel e presente,  
Que nunca me deixou, eternamente.  
Abraça-me, Pai, com Teu calor,  
E esconde-me no Teu eterno amor.

  • Autor: Nalva Melo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de julho de 2025 20:56
  • Comentário do autor sobre o poema: O poema xpressa, em versos intensos e sinceros, uma noite de profunda dor e solidão. Sentindo-se sufocada pela tristeza e desilusão, ela revela o desejo de desaparecer diante do sofrimento. No entanto, em meio à angústia, surge um clamor a Deus — um pedido por sustento, acolhimento e amor. O poema é uma oração poética, onde a fé se torna refúgio e esperança, mesmo quando tudo parece perdido.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 4


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