Quisera tocar-te com o rigor de um poema clássico,
medido em sílabas, contido em regras,
mas o desejo é bárbaro — e desmedido.
Ele me rompe os versos, me rasga o latim da alma.
És um sacramento que me nega a hóstia.
Vês minha fé ajoelhada em tua nudez imaginada
e não me dás nem o alívio de um beijo fictício.
Tua ausência, é um ritual erótico.
É liturgia de fome:
meu corpo reza no idioma do suor,
minha carne jejua por tua pele,
minha alma treme por não saber
o gosto da tua.
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Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 14 de julho de 2025 11:53
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 11
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Perfect....
sz
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