Afogada em silêncio

Maria Ingrid

Ninguém viu
quando eu fui embora de mim.
Ninguém tava ali
enquanto as paredes desabavam
e eu desmoronava por dentro.

No silêncio que me calou, eu morri.
Não inteira — por partes.
Pedaço por pedaço,
até que não restasse
meu ser em mim.

O mundo pesa mais
quando ninguém segura sua mão.
Quando ninguém tá vendo.
Quando tudo dói tanto
que chega a preencher todo aquele vazio.

É como se afogar
em alto-mar,
por pura vulnerabilidade — em silencio

  • Autor: Maria Ingrid (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de julho de 2025 11:31
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 28
  • Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos
Comentários +

Comentários1

  • Helena Rodrigues

    Poema intenso, e com uma chamada de atenção !
    Para quem sofre em silêncio e é ignorado...
    Gostei Parabéns

    Saudações Poéticas



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