No começo, tudo fora do lugar,
almofadas no chão, tinta no sofá,
o vento brincando com os papéis no ar,
e eu tentando — em vão — organizar.
Mas algo em mim dizia: deixa estar.
Sapatos dançando longe do par,
um copo tombado querendo chorar,
os risos fugindo sem avisar,
e a música alta a me embriagar.
Era caos..., mas um caos a me abraçar.
Entre a bagunça, teu olhar brilhava,
como se ali o mundo começava,
e o riso que tua boca lançava
fazia até o erro virar piada —
e a desordem se tornava encantada.
No fim, tudo era só memória boa:
pintura na parede, almofada à toa,
e eu ali, com a alma quase à toa,
rindo da vida que escorrega e voa,
num domingo que ninguém mais perdoa.
Porque há beleza nesse tropeço,
nesse improviso, nesse começo,
em cada pequeno e tolo excesso
que faz do desajeito um endereço
onde a alegria mora — e eu confesso.
9 jul 2025 (11:49)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 9 de julho de 2025 10:49
- Comentário do autor sobre o poema: Minha Participação do Grupo Mesclado Spell.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Bela flor
Comentários3
Há bagunças onde a alegria mora"
Esta vida as vezes nos surpreende
O.vento, que às vezes, assovia lá fora
Trás perfumes na sala, qualquer hora
É perfume da amada, só ele entende
(elfransilva)
Na percepção pode-se ouvir o coração rsrsrs
Abraços amigo Melancolia
Grato meu amigo Elfrans...
Abrilhantando mais ainda meu escrito com sua grande participação.
E quando se ouve o coração, entendemos mais ainda a emoção....kkkkkkkkk
Abraços.
Belo e com teu toque mágico! Aplausos,!
Gratificante teu comentário.
Bom dia.
Perfeita a poesia. Uma grande e belíssima contribuição viu ao grupo Spell s2 adorei amor S2
Bom que gostou Bela flor...
Satisfação em te receber por aqui.
Saudades distante.
S2
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