Soneto do Desejo Proibido

Versos Discretos

Tuas curvas se escondem na penumbra,
mistério que me arde sem tocar.
Nos seios, onde o verso quer pousar,
repousa o proibido — e nele mora

Na pele do teu ventre a sede assombra:
é flor secreta a se despetalar.
Quis descer entre aromas, respirar,
mas o pudor me empurra e me deslombra.

Coxas que são caminhos de perdição,
guardadas por um véu justo e ousado,
clamam pela carícia em combustão.

E a boca, entre os cabelos, lado a lado,
silencia o delírio em negação:
meu sonho é teu — mas vive acorrentado.

  • Autor: Versos Discretos (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de julho de 2025 09:19
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 16
  • Usuários favoritos deste poema: Feiticeira, Aysú


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