corpos suados.
língua entre os dentes.
meu nome virando calor no teu ombro.
sorrisos — disfarces de um grito que cresce.
esqueci o tempo.
o instante: faca e flor,
a lâmina que toca e abre pétalas.
quero o toque que não pede,
a mão que hesita,
então invade, devagar,
feito carta sem data,
manchada de vinho e pressa.
clímax:
um silêncio que respira,
algo que não se diz em voz alta,
mas se escreve —
no espelho embaçado,
onde a nossa forma treme.
depois, teus olhos.
quietos.
como se tivessem visto
o mundo parar
só para nós.
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Autor:
Bulaxa Kebrada (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2025 20:51
- Comentário do autor sobre o poema: O transe do encontro é essa vertigem em que a pele se torna linguagem e o tempo, um animal manso. Tudo que se vive em silêncio profundo acaba por se escrever em algum canto do corpo — ou no espelho, quando a respiração volta devagar.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
- Usuários favoritos deste poema: Luana Santahelena, Sezar Kosta
Comentários1
SERGIO NEVES - ...sen(x)sualisaste pra valer! ...intensa! ...e tudo muito poético... /// Meu carinho, menina.
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