Imaginei tudo sozinho:
de olhos no teto,
de mãos no estômago,
e o silêncio de nós.
Eu te fazia e desfazia.
Você era minha,
às vezes, era sua,
e, raramente, era nossa.
Brigamos e rimos —
isso tudo cabia num segundo
que, seguido de outro segundo,
esvaziava o sentido do anterior.
E te perdi.
Te perdi por causa de mim.
Nem algo, nem como, nem o que —
apenas eu: onde começamos
e onde acabamos.
Ser tudo isso,
imaginar vidas e passos
pra, no final, virar coisa:
menos que nós,
mais que só.
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Autor:
Referrai (
Offline)
- Publicado: 8 de julho de 2025 20:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários1
..."isso tudo cabia num segundo
que, seguido de outro segundo,
esvaziava o sentido do anterior"...
Adorei esses versos!
Abraços!
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