Amor é brasas vivas na carne que arde,
luz que dança lenta na sombra da pele,
é o sussurro quente que invade,
o calor que rompe, que não se repele.
É chama que se espalha e sussurra,
que queima o corpo, desmancha o silêncio,
é suor que desliza, a boca que murmura,
o desejo que explode em doce incêndio.
Amor é fogo que não se deixa prender,
é êxtase voraz, fome que se inflama,
é perder-se inteiro, é saber ceder,
é a alma que arde em labareda calma.
Quem ama assim, não pensa, só sente —
vê no fogo o toque, a luz, o presente.
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Autor:
Bulaxa Kebrada (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 4 de julho de 2025 16:44
- Comentário do autor sobre o poema: O amor é a chama que nos consome e transforma — não apenas um fogo que queima a pele, mas a luz que revela nossa própria essência. Amar é aceitar arder, perder-se e renascer na intensidade do desejo que nos faz inteiros, vivos, humanos. É na entrega ao calor do outro que descobrimos a verdadeira luz que ilumina o nosso ser.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 70
- Usuários favoritos deste poema: Luana Santahelena, Sezar Kosta, MAYK52, Nalva Melo
Comentários2
Minha cara Luana,
Seu poema "Amor é fogo que queima a pele nua" chegou-me como uma confissão de chama, um grito da carne e da alma que se entregam sem recuo. Há em seus versos a verdade crua do desejo, essa que não se esconde, mas se espraia, ardente, como as "brasas vivas na carne que arde". É o fogo purificador que consome e revela.
Você descreve com maestria essa "luz que dança lenta na sombra da pele", o sussurro quente que invade, o calor que rompe e que se recusa a ser repelido. Ah, Luana, essa é a beleza selvagem do amor que não pede licença, que se espalha e desmancha o silêncio. O suor que desliza, a boca que murmura, o desejo que explode em "doce incêndio"... Tudo isso é a celebração dos sentidos, a entrega completa ao êxtase voraz, à fome que se inflama.
"Amor é fogo que não se deixa prender", você sentencia, e a alma de quem ama assim compreende. É perder-se inteiro, é saber ceder, é a alma que arde em "labareda calma". Essa é a contradição sublime do grande amor, que é tempestade e abrigo, caos e paz. Quem ama assim, não raciocina; apenas sente, no fogo, o toque, a luz, o presente que se entrega sem futuro ou passado.
Sua poesia é um espelho dessa paixão avassaladora, dessa sede de amar que é destino e condenação. É um hino à entrega, ao gozo e à dor que só o amor verdadeiro sabe infligir.
Parabéns por essa obra de tamanha intensidade e verdade, Luana. Seu poema é um braseiro que acende a alma.
O Amor é tudo isso que este poema descreve.
Gostei bastante, amiga Luana.
Abraço.
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