Amor é brasas vivas na carne que arde,
luz que dança lenta na sombra da pele,
é o sussurro quente que invade,
o calor que rompe, que não se repele.
É chama que se espalha e sussurra,
que queima o corpo, desmancha o silêncio,
é suor que desliza, a boca que murmura,
o desejo que explode em doce incêndio.
Amor é fogo que não se deixa prender,
é êxtase voraz, fome que se inflama,
é perder-se inteiro, é saber ceder,
é a alma que arde em labareda calma.
Quem ama assim, não pensa, só sente —
vê no fogo o toque, a luz, o presente.