L'heure de ma mort, depuis dix-huit mois,
De tous les côtés sonne à mes oreilles,
Depuis dix-huit mois d'ennuis et de veilles,
Partout je la sens, partout je la vois.
_Alfred de Musset
Se pudesse, em meu último suspiro
Esboçar breves desejos finais
Brotariam dolorosos versos
Entrelaçados em lágrimas e ais!
Se pudesse, nos minutos finais
Ouviria os lentos sinos da capela
E veria coberta de negras vestes,
Em prantos, minha amada donzela!
Se pudesse, ao final de minha vida
Enxugar os olhos lacrimosos
Do feminino rosto tão amado,
Seria com versos esperançosos!
Se pudesse, veria os poucos amigos
Cuja amizade foi verdadeira,
Que estiveram comigo na alegria
E na fúnebre tristeza derradeira!
Se pudesse antes de ver a lápide
E repousar à sombra de uma cruz
Meus lábios pálidos fariam versos
Ao verdadeiro amor… a Jesus!
Se pudesse escrever versos finais
Eles seriam de amor e melancolia,
Se pudesse dizer um breve “adeus”
Meu adeus seria uma poesia!
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Autor:
Fabricio Zigante (
Offline)
- Publicado: 4 de julho de 2025 09:01
- Categoria: Triste
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, Melancolia..., Dante Gratton
Comentários2
Lindos seus versos poéticos, bem propício ao dia de hoje que uma amiga cuidadora da minha avó que tb se foi partiu, é nesses momentos de tantas perdas que me pergunto porque ainda estou aqui? Parabéns poeta. Bom dia.
Saudações poetisa Rosangela. Meus sentimentos pela sua perca.
Forte abraço.
Parabéns pelo belíssimo poema. Raridade hoje em dia.
Saudações nobre poeta, grato pela leitura e pelo gentil comentário.
Forte abraço!
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