Para minha avó Bibi, que me ensinou a firmeza do silêncio.
E para Yayá, meu abrigo mesmo nos dias mais bravos.
Era domingo,
Meu Martim segurava uma vela
No altar,
como quem segura a dor de todos ali,
Com doçura e inocência de criança.
Um anjo cantava sobre dores
E como é reconfortante ter-se
No colo de um Deus.
De um lado, Yayá — mulher abrigo —
Segurava minhas mãos nas suas,
Mãos em febre.
Do outro, minha avó Bibi — anciã e colo —
Respeitava o silêncio do momento,
Mas estava ali, firme.
Diante do altar, chorei sua partida.
Um choro que não conseguia conter
Tinha força de maré brava.
Lágrima —
Água sagrada.
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Autor:
MarianaMarques14 (
Offline)
- Publicado: 29 de junho de 2025 08:17
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
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