Visitei aquele café,
o da esquina, de frente pro mar.
Sentei no mesmo lugar de sempre.
Fiz o mesmo pedido:
um café forte e quente.
Bebi aquele amargo...
Mas não,
não era o café —
ele estava doce.
O banco vazio me fez lembrar
de tantas tardes,
de conversas —
a maioria, bobagens.
Risos tímidos, risos extravagantes,
de todo tipo.
Lembro do seu rosto,
do seu capuccino,
do seu jeito,
e daquele abismo
escondido nos seus olhos escuros.
Agora, essa mesa é só minha.
Nela não há mais alento.
A alegria faz silêncio.
O café já não é o mesmo.
E aquela cafeteria da esquina
não é mais um conforto.
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Autor:
Cristão (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de junho de 2025 13:46
- Comentário do autor sobre o poema: Nunca mais voltarei lá
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 30
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Bebamos então, meu querido irmão,
Um chá de mate leão!
Belos versos.
É isso amigo
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