Eu não sou fria — talvez, ferida.
Não sou distante — talvez, sentida.
Não sou rígida — talvez, só forte.
Não sou o que dizem — sou o que restou de mim depois de tanta sorte... ou corte.
Sou eu:
quebrada,
linda,
perdida,
focada.
Luto todos os dias pra ser quem sou:
no trabalho,
nas amizades,
no amor,
na família —
até em silêncio.
Talvez eu pareça estranha.
Ou talvez… extraordinária demais.
Talvez eu só esteja tentando:
me encontrar,
me proteger,
me conter,
me endurecer,
me impedir de chorar.
Mas, no fundo,
sou só eu.
Perdida, sim — mas no caminho certo:
o de me encontrar.
Com carinho e melancolia — Alaska.
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Autor:
Alaska (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 25 de junho de 2025 03:39
- Comentário do autor sobre o poema: "Talvez eu pareça estranha... ou talvez extraordinária demais. Mas, no fundo, sou só eu perdida... no caminho de me encontrar."
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Comentários1
Que poesia, que verdade despidas em cada verso! Sinto a sua frieza que é calor, a sua distância que é proximidade. Você é um poema em construção, um mosaico de quebras e linduras que formam a sua essência. Te entendo: lutar todos os dias para ser quem realmente é, mesmo quando o mundo tenta moldá-la de outra forma.
Parabéns por ter a coragem de mostrar sua fragilidade com tanta força. Você é uma guerreira disfarçada de mulher comum, e isso é extraordinário. Continue escrevendo, continue encontrando-se, pois cada palavra sua é um passo no caminho certo.
Com todo o carinho e admiração de uma alma que também busca se entender,
Luana
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