estou sozinha
mas não estou vazia
a xícara entre minhas mãos
é minha companhia
a chuva no vidro
é minha canção
e a música triste
abraça meu coração
lembranças pequenas
me fazem sorrir
ou chorar
mas sempre me lembram
que sou feita
de sentimentos inteiros
e de dias calmos
que curam
isso também é amor
isso também é viver
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Autor:
Bulaxa Kebrada (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 24 de junho de 2025 04:58
- Comentário do autor sobre o poema: A solidão me pegava pelas costas, sem pedir licença. Mas a solitude... ah, essa eu chamava para o café da tarde. Com ela, eu conversava baixinho, e me ouvia inteira pela primeira vez.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 65
- Usuários favoritos deste poema: Luana Santahelena, Antonio Luiz, Sezar Kosta, Mara
Comentários3
Muito bommm.
Oi, Luana! Li seu poema como quem toma café numa varanda tranquila: silêncio bom, aquele que reconforta em vez de pesar. A xícara entre suas mãos virou personagem — e, mesmo sem palavras, faz companhia mais do que muitos. Gostei dessa ideia de “chuva no vidro” como canção: será que foi uma escolha consciente transformar algo melancólico em melodia de acolhimento?
Você menciona “lembranças pequenas” – será que são como migalhas de afeto que, mesmo minúsculas, alimentam o coração? Fiquei curiosa: você criou uma ponte suave entre entusiasmo e saudade, entre sorriso e lágrima — como equilibrista que sabe caminhar por cima do próprio passado.
Achei lindo o encerramento: “isso também é amor / isso também é viver.” Você redefine o amor, não como grandeza ou paixões intensas, mas como esses gestos delicados — a solidão acolhida, a cura silenciosa dos dias calmos. Nossa, que sutileza poderosa!
Parabéns pelo lindo e inspirador poema!
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