Mal súbito

Valéria Cristina



 

Em uma noite do fim de maio, com o aroma de desespero por um sentimento que nem eu sei ao certo qual é, era um mal súbito. 

Ultimamente, tenho dito tanto aos outros para falarem o que sentem antes que seja tarde, em vez de se arrependerem por nunca terem se aberto.

 

Sou como chuva em uma noite inesperada: por que não disse tudo o que queria quando tive tempo? 

Diga agora, ou morra sem ter falado, carregando a dor de um velho idoso que nem teve a chance de viver plenamente.

 

Sou tão hipocritamente instável que até um bêbado tem mais coragem para expressar o que sente, quando sente, sem medo de se machucar. 

Falo ou não falo? 

Mas falo para vocês falarem. 

Não sejam como eu.

  • Autor: Valéria Cristina (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de junho de 2025 21:51
  • Comentário do autor sobre o poema: Com as oportunidades que eu pedir por medo de tentar, deixo essa mensagem para as mentes que ficam indecisas em fazer ou falar algo. Não seja como eu!
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 7


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