Em uma noite do fim de maio, com o aroma de desespero por um sentimento que nem eu sei ao certo qual é, era um mal súbito.
Ultimamente, tenho dito tanto aos outros para falarem o que sentem antes que seja tarde, em vez de se arrependerem por nunca terem se aberto.
Sou como chuva em uma noite inesperada: por que não disse tudo o que queria quando tive tempo?
Diga agora, ou morra sem ter falado, carregando a dor de um velho idoso que nem teve a chance de viver plenamente.
Sou tão hipocritamente instável que até um bêbado tem mais coragem para expressar o que sente, quando sente, sem medo de se machucar.
Falo ou não falo?
Mas falo para vocês falarem.
Não sejam como eu.