ONDE ESTÁS?

Fabricio Zigante

Rappelle-toi, quand l'Aurore craintive
Ouvre au Soleil son palais enchanté ;
Rappelle-toi, lorsque la nuit pensive
Passe en rêvant sous son voile argenté ;
A l'appel du plaisir lorsque ton sein palpite,
Aux doux songes du soir lorsque l'ombre t'invite,
Ecoute au fond des bois
Murmurer une voix :
Rappelle-toi.

— Alfred de Musset

 

Onde vagueiam teus negros olhos
Que não mais me contemplaram,
E teus corados lábios rubros
Que minhas pálidas faces beijaram?



Para onde foram os doces prazeres
Que desfrutávamos em ardência,
E aqueles teus olhares convidativos
Que exprimiam pureza e inocência?



Onde vagueia teu coração errante
Que, ao sentir-me, muito palpitava,
Este que tu insistias em dizer
Que em paixão transbordava?



Para onde foram tuas alvas faces
De encantadora beleza e fulgura,
Rostinho angélico que venerei,
Os perfeitos traços de candura?



Onde vagueia aquele teu sorriso
De celestial natureza e harmonia,
Tão meigo, tão puro e inocente
Que de paixão meu coração fervia?



Não ouço de ti palavra alguma,
Tua doce voz para mim se calou,
Não sinto teus calores e suspiros
Do teu peito que um dia me amou!

Comentários +

Comentários1

  • MAYK52

    Um belo poema, salpicando de amor, saudade e nostalgia.

    Gostei bastante, amigo poeta.

    Abraço fraterno!

    • Fabricio Zigante

      Saudações irmão em letras, grato pela leitura e comentário!
      Abraço fraterno!



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.