Rappelle-toi, quand l'Aurore craintive
Ouvre au Soleil son palais enchanté ;
Rappelle-toi, lorsque la nuit pensive
Passe en rêvant sous son voile argenté ;
A l'appel du plaisir lorsque ton sein palpite,
Aux doux songes du soir lorsque l'ombre t'invite,
Ecoute au fond des bois
Murmurer une voix :
Rappelle-toi.
— Alfred de Musset
Onde vagueiam teus negros olhos
Que não mais me contemplaram,
E teus corados lábios rubros
Que minhas pálidas faces beijaram?
Para onde foram os doces prazeres
Que desfrutávamos em ardência,
E aqueles teus olhares convidativos
Que exprimiam pureza e inocência?
Onde vagueia teu coração errante
Que, ao sentir-me, muito palpitava,
Este que tu insistias em dizer
Que em paixão transbordava?
Para onde foram tuas alvas faces
De encantadora beleza e fulgura,
Rostinho angélico que venerei,
Os perfeitos traços de candura?
Onde vagueia aquele teu sorriso
De celestial natureza e harmonia,
Tão meigo, tão puro e inocente
Que de paixão meu coração fervia?
Não ouço de ti palavra alguma,
Tua doce voz para mim se calou,
Não sinto teus calores e suspiros
Do teu peito que um dia me amou!
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Autor:
Fabricio Zigante (
Offline)
- Publicado: 18 de junho de 2025 07:41
- Categoria: Amor
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, MAYK52
Comentários1
Um belo poema, salpicando de amor, saudade e nostalgia.
Gostei bastante, amigo poeta.
Abraço fraterno!
Saudações irmão em letras, grato pela leitura e comentário!
Abraço fraterno!
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