Teus filhos; a luta

O que falta.

Teus filhos; a luta

 

Teus filhos não são teus.

Eles são frutos do destino.

Embalados pela luta, figurados pela sobrevivência, em casa de desconhecidos.

Teus filhos são como escambo.

Ela saiu chorando.

Quem?

A menina.

Remoendo a marca profunda no peito.

Do interior ela sai, pra brincar com tuas crianças, ser empregada da tua gente,

suas mãos,

Há suas mãos..

São úteis e valiosas, pequeninas, limpam lugares ásperos e apertados, a morte da infância nasceu com a pobreza.

"Me de tua criança"

Deveria ser,

Me dê a infância, A inocência roubada.

Ela é filha da vida.

Filha da pobreza e da miséria, é refém do destino, da humildade e da ignorância.

Seus trajes são os restos, seus brinquedos também.

Hoje ela ganhou uma roupa, de nome curioso,

"Jardineira"

Vestiu com felicidade,

Uma roupa nova,

Nova,

Nova,

Com cheiro de frescor,

O frescor que não há nos restos, jogados pela falsa caridade.

Passou o natal feliz, esperando o papai noel, Na família que o destino deu, pra que papai noel?

se o presente está longe,

A família que Deus lhe deu.

 

  • Autor: O que falta. (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de junho de 2025 13:28
  • Comentário do autor sobre o poema: .
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 8
  • Usuários favoritos deste poema: Melancolia...


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