Sabedorias assombradas

santidarko


Sempre,coloria sua imagem em meus pensamentos.
Edificava cenários dos quais,poderíamos estar juntos.
Esboçava sorrisos e gestos,que eu lhe entregaria nos momentos de carícias.

Hoje...,
com meu aletrar e empirismo,
vejo,que a crença em um Destino cunhado,seja uma farsa escorada em fábulas adultas.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Sentei-me aos pés da cama,
levantei um pouco o cobertor do qual cobria os seus pés.

Os olhei,como sempre fizera.
Você...,soubera inúmeras vezes,disso.
Como estavas dormindo de bruços,os toquei,com extrema delicadeza e sutileza.


Acariciei-os,como os cílios tocam os olhos.
Perfeitos

Macios.

Aonde,eles pisarão quando acordarem?
Talvez,por eles...,
seja o motivo,de eu ainda vir e estar nesse quarto á noite.
Tens sorte,de tê-los.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

O quão amedrontoso e eufônico,são os céus aromáticos nunca vistos dantes.
O fragrante recém-cunhado das paredes;que exalam o que nunca fora familiar.
A adocicada visão,que nos guia em uma trilha ausente a outrem.
O bem-sonante girassol balsâmico, da desforra.



-----------------------------------------------------------------------------------------------------

Deixe que o vento gélido,colida em meu corpo tórrido.
A cama da qual repousas agora,sempre haverá de chamar-me novamente ao seu ímpeto.
Não cunhes a mim,desprezos oratórios;
pois sabeis,que as palavras reinam ,em recordações.

Com seu olhar,apenas prolifere saudades.
Lembrar-te,que as horas,não conhecem as dores de uma despedida.

  • Autor: santidarko (Offline Offline)
  • Publicado: 17 de agosto de 2020 00:15
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 32


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.