O Relógio no Abismo Azul
Um tique-taque silente, em queda livre,
No azul profundo, onde a luz mal sorri.
O tempo, antes cativo, agora vive
Liberto das amarras, sem o que medir.
Ponteiros fixos, memória de um passado,
Engrenagens que a areia irá calar.
O mar, em seu abraço frio e salgado,
Devolve o que não pode mais marcar.
Não há pressa nas correntes que o levam,
Nem no balé dos peixes a dançar.
As horas que em seu corpo se teciam,
Agora são segredos do vasto mar.
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Autor:
Estrige (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 15 de junho de 2025 17:56
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
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