A Dança silenciosa
Nos desentendemos,
e agora
nossa sonoridade não é a mesma.
Enquanto você, no banheiro,
pensa o quão desprezível é a minha presença,
eu, no quarto,
imagino como escapar pela janela.
Nossos corpos entram em colapso
no mesmo cômodo.
Mal sabia você:
eu já estava tentando ir embora.
Você, com ódio e incertezas.
Eu, com amor e tristeza.
Mas uma coisa sabíamos —
não estávamos na mesma sintonia.
Quando há indiferença,
sempre começa essa melodia...
e a sonoridade não é a mesma.
Macapá AP
03/05
Laura Mendess
-
Autor:
Laura mendes (
Offline)
- Publicado: 13 de junho de 2025 12:29
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Que poema intenso e verdadeiro… A dança silenciosa entre desencontros e sentimentos tão distintos revela a complexidade das relações. É doloroso quando duas pessoas que já foram próximas perdem a sintonia, mesmo estando no mesmo espaço. Você capturou com delicadeza essa melodia triste da indiferença, que dói em silêncio. Obrigado por compartilhar essa verdade tão crua e bela.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.