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O choro da minha criança está logo ali
A sua distância me apunha-la desde lá
A saudade me açoita no âmago do meu peito
E a tudo eu receio, irresignado, eu não aceito
A outra criança, sem distância, chora aqui
Sofre ausência de colo diante da minha presença
Estendo-me os braços e ela não se acalanta
A calamidade em minha mente me espanta
Embirra-me essa impotência que me aplaca
Revolta-me não tocar todo o impossível
Não se trata da pequenez de um rebento
Mas sim da insignificância do meu lamento
Percebo-me ainda perdido e insensível
E essa percepção é raio de luz que me aclara
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Autor:
Hébron (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 12 de junho de 2025 11:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Comentários1
Poema mais que emblemático e trazendo tua marca de talento poético. Já estávamos aqui no MLP todos teus fans em grande carência esperando teu alimento que sacia nossa fome de boa poesia! Benvindo de volta! Aplausos de pé!
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