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O choro da minha criança está logo ali
A sua distância me apunha-la desde lá
A saudade me açoita no âmago do meu peito
E a tudo eu receio, irresignado, eu não aceito
A outra criança, sem distância, chora aqui
Sofre ausência de colo diante da minha presença
Estendo-me os braços e ela não se acalanta
A calamidade em minha mente me espanta
Embirra-me essa impotência que me aplaca
Revolta-me não tocar todo o impossível
Não se trata da pequenez de um rebento
Mas sim da insignificância do meu lamento
Percebo-me ainda perdido e insensível
E essa percepção é raio de luz que me aclara
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