Canção da noite infinda

Antonio Luiz

falo da minha alma como se a soubesse

e ao cego corpo um toque lhe bastasse

e não é por maldade e nem atrevimento

mas por intimidade, pelo encantamento

 

música que toca quando o som se deita

com timidade pra fugir ao meu espelho

e intrepidez pra espiar os piores sonos

quando tentam me roubar os pesadelos

 

e sinto que me olha num olhar ‘sagrado’

de dentro pra fora, de fora pra dentro

ou ainda que tivesse em mim outro lado

em dita dimensão futura ou do passado

 

é pressuposto, em cada ente cessante,

que, se não religioso, à poesia se funde

pó de esperança que sobe e se espalha

quando num zás o tempo nos atravessa

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 11/06/25 –

  • Autor: Antonio Luiz (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de junho de 2025 12:28
  • Categoria: Não classificado
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