A corte dos sonhos

Duque plebeu

Quem vem lá, que se aproxima na calada da noite?

É pesadelo a galopar nas trevas?!

Ou será curandeiro a defumar com ervas?!

Já sei, já sei: é Oneiros e sua linda corte!

 

São fadas e sátiros que trazem afoite,

Que dão, em seu colo, descanso,

Que me deixam calmo e manso,

E então, aos sonhos, me dão passaporte.

 

E lá, nos bosques, me deixam à deriva,

A enfrentar os meus novos medos,

Onde não tenho defesa ou esquiva.

 

A tamborilar com profundos desejos,

Ao me levar, em cintilantes asas, a voar,

Enquanto dão-me fúnebres cortejos...

 

Até que me vejo solitário,

Novamente em meu quarto,

Pronto — e, finalmente, desperto:

Novamente um simples proletário.

  • Autor: Duque plebeu (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de junho de 2025 22:17
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema dedicado ao sonhar.
  • Categoria: Fantástico
  • Visualizações: 10


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