Teu Nome Ainda Mora Aqui.

Melancolia...

tem carta tua no fundo da gaveta,
e um cheiro teu no cobertor.
tua ausência virou visita secreta
que não sai nem depois da dor.

 

teus bilhetes, teus risos, teu rastro —
tudo insiste em permanecer.
como se meu quarto fosse um espaço
onde o tempo se recusa a esquecer.

 

não te tenho mais por perto,
mas teu nome vive aqui.
em tudo que é tão incerto,
és o que não consegui fugir.

9 jun 2025 (12:30)

Comentários +

Comentários3

  • Bela flor

    Eu amo vc vida! S2 a dor insiste me fazer morada! Mas juntos vamos sair dessa S2 vc me dá ânimo e alegra meus dias com seu amor, sua bondade e suas poesias! Obrigada por existir em minha vida! S2 tenho certeza que não só na minha vida, mas na de outras pessoas ao redor tbm! S2

    • Melancolia...

      Eu que agradeço por ter você comigo, minha vida! ? É teu amor que me fortalece e me dá motivos pra seguir mesmo nos dias mais difíceis. Vamos sair dessa juntos, um passo de cada vez, com carinho, poesia e fé. Você ilumina minha vida com sua presença e me inspira a ser melhor a cada dia. Te amo demais! S2

      • Bela flor

        Gratidão meu amor s222222

      • MAYK52

        É um sentir estranho que aqui manifestas, amigo Melancolia.
        Reparei no comentário abaixo, onde alguém ainda não te esqueceu e te ama profundamente. Falo naturalmente de BELA FLOR.
        Por isso, é estranha esta tristeza que aqui manifestas.

        Tens aqui uma mão. Um amor que não te esqueceu. Aproveita esta oportunidade, para resgatares a alegria e o amor que paira no ar...

        Abraço fraterno, amigo Melancolia.

        • Melancolia...

          Meu querido....
          Grande observação, o amor nos arremete do abismo para o alto da montanha...
          Vou tentar reerguer em teus conselhos e me assegurar em tuas palavras....

          O amor é assim...Creio que, a tristeza seria só a minha companheira diária...

          Abraços meu amigo.

        • Sezar Kosta

          Meu caro poeta Melancolia,

          Seus versos me tocaram na raiz da memória, essa terra movediça onde o que foi plantado insiste em brotar. Que força tem esse teu "nome ainda mora aqui"! Ele não se esvai com o tempo, não se desfaz em poeira, mas se aninha no fundo da gaveta, no cheiro do cobertor, tecendo uma presença que a ausência jamais consegue apagar.

          Sua poesia é o grito manso da lembrança, a certeza de que há pegadas que o rastro do tempo não consegue apagar. "Teus bilhetes, teus risos, teu rastro" – tudo que insiste em permanecer, como se o teu quarto, a tua alma, fosse um útero a guardar a vida que pulsou ali. A dor, ah, a dor, ela se visita, mas não expulsa o que fincou raízes.

          É a dor que nos ensina a ressignificar a presença, mesmo na falta. E você, meu poeta, expressa com uma verdade que arrepia, que "em tudo que é tão incerto, és o que não consegui fugir". Essa verdade é a nossa herança, a nossa marca. Que sua escrita continue a fazer morada, dando voz a esses silêncios que reverberam tão alto em nós. Parabéns por essa teimosia da memória, que é também uma forma de amor.

          • Melancolia...

            Que beleza há em ser lido assim, com olhos que também sabem da raiz e da memória que não se deixa apagar. Suas palavras me abraçam como quem reconhece o mesmo caminho – de dor, de lembrança, de amor entranhado nas frestas do tempo.

            É nesse chão movediço que minha poesia se planta, e saber que ela encontrou eco em você é mais do que recompensa: é comunhão. Obrigado por sentir comigo, por devolver em palavras tanto afeto e profundidade. Que essa nossa teimosia em lembrar continue sendo ponte – entre silêncios, entre ausências, entre almas.



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