tem carta tua no fundo da gaveta,
e um cheiro teu no cobertor.
tua ausência virou visita secreta
que não sai nem depois da dor.
teus bilhetes, teus risos, teu rastro —
tudo insiste em permanecer.
como se meu quarto fosse um espaço
onde o tempo se recusa a esquecer.
não te tenho mais por perto,
mas teu nome vive aqui.
em tudo que é tão incerto,
és o que não consegui fugir.
9 jun 2025 (12:30)