A Sombra

Duque plebeu

 

Um substituto tomou conta do pensar.
Não sei onde começo e ele termina.
Não me encontro nessa neblina, 
vazio do ser, desmembrado devagar.

Escuro, tenebroso, incapaz de alvar, 
acorrentada por inumanas máscaras,
mas ainda capaz de projetar garras,
esperando o ensejo para sufocar.

Eis eu aqui, velha amiga. 
Na solidão, te vejo no espelho.
És chicote romano que me fustiga.

Sussurra no meu ouvido seu conselho, 
ou entoa aquela antiga cantiga, 
Selando a noite de vermelho.

  • Autor: Duque plebeu (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de junho de 2025 07:18
  • Comentário do autor sobre o poema: A sombra, segundo Carl Gustav Jung, é o lado inconsciente da personalidade que contém características, desejos e impulsos reprimidos ou negados pelo ego. Representa tudo aquilo que uma pessoa não reconhece em si mesma, mas que existe e pode influenciar pensamentos, emoções e comportamentos. Integrar a sombra é essencial para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 7
  • Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante


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