Um substituto tomou conta do pensar.
Não sei onde começo e ele termina.
Não me encontro nessa neblina,
vazio do ser, desmembrado devagar.
Escuro, tenebroso, incapaz de alvar,
acorrentada por inumanas máscaras,
mas ainda capaz de projetar garras,
esperando o ensejo para sufocar.
Eis eu aqui, velha amiga.
Na solidão, te vejo no espelho.
És chicote romano que me fustiga.
Sussurra no meu ouvido seu conselho,
ou entoa aquela antiga cantiga,
Selando a noite de vermelho.