Lobotomia

Alma Perdida

Ele arranca o meu couro cabeludo com as pontas das unhas.

Sinto a carne debaixo das cutículas cruas.

É difícil, mas tenta perfurar meu crânio duro.

É meu próprio lugar, onde me torturo.

 

É onde eu escondo todo o meu ser.

Esconde tudo o que eu sinto e me faz sofrer.

Além disso, é a fonte dessa dor cruel.

Uma dor que não termina nesse papel.

 

Eu esmago minha cabeça como uma melancia.

Eu sinto minhas mãos cansadas e minha mente esfria

Mas tudo está dormente, é pura anestesia.

O que antes doía, agora é uma estranha calmaria

 

Uma dor que nenhum placebo curava, era imensa.

Mas a partir de agora, declaro minha sentença. 

Nunca mais irei sofrer essa tormenta

Porque nada mais se apresenta.

 

  • Autor: Rip (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de junho de 2025 18:33
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrito em 13/10/2024
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 15
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