Ele arranca o meu couro cabeludo com as pontas das unhas.
Sinto a carne debaixo das cutículas cruas.
É difícil, mas tenta perfurar meu crânio duro.
É meu próprio lugar, onde me torturo.
É onde eu escondo todo o meu ser.
Esconde tudo o que eu sinto e me faz sofrer.
Além disso, é a fonte dessa dor cruel.
Uma dor que não termina nesse papel.
Eu esmago minha cabeça como uma melancia.
Eu sinto minhas mãos cansadas e minha mente esfria
Mas tudo está dormente, é pura anestesia.
O que antes doía, agora é uma estranha calmaria
Uma dor que nenhum placebo curava, era imensa.
Mas a partir de agora, declaro minha sentença.
Nunca mais irei sofrer essa tormenta
Porque nada mais se apresenta.