A Lua, pálida, observa de longe,
o Sol, dourado, que jamais se esconde.
Ela o deseja, com brilho a pulsar,
infelizmente sua pele de prata não pode tocar.
Amou o fogo, amou o clarão,
mas ao se aproximar, sentiu combustão.
Suas bordas racharam, sua face chorou,
pois quem ama o Sol, se queima de amor.
Por isso recua, se esconde, se afasta,
e no véu da noite, sua dor ela arrasta.
Eterna saudade, desejo sem fim,
amar o que queima… é incendiar-se por dentro, enfim.
No céu, dançam, distantes, porém,
ela no escuro, ele no além.
Amor impossível, história sem par,
a Lua o ama, mas não pode tocar.
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Autor:
Thamiris Zanin (
Offline)
- Publicado: 30 de maio de 2025 18:02
- Comentário do autor sobre o poema: O poema fala sobre amores que são intensos, mas impossíveis. Aqueles que, por mais que a gente deseje, simplesmente não podem existir da forma que gostaríamos. É sobre se apaixonar por algo ou alguém que, ao se aproximar demais, machuca, não porque quer, mas porque é da sua natureza ser assim. O Sol não pode deixar de queimar, assim como a Lua não pode deixar de ser sensível, frágil em sua própria essência. Então, ela escolhe amar de longe, admirar, desejar… mas entender que se proteger também é amar a si mesma. É, no fundo, uma metáfora sobre todos nós, sobre relações, sonhos, desejos, e até sobre aquilo que queremos tanto, mas que nos consome se não houver equilíbrio. É bonito, é triste, é real.
- Categoria: Amor
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