A Lua, pálida, observa de longe,
o Sol, dourado, que jamais se esconde.
Ela o deseja, com brilho a pulsar,
infelizmente sua pele de prata não pode tocar.
Amou o fogo, amou o clarão,
mas ao se aproximar, sentiu combustão.
Suas bordas racharam, sua face chorou,
pois quem ama o Sol, se queima de amor.
Por isso recua, se esconde, se afasta,
e no véu da noite, sua dor ela arrasta.
Eterna saudade, desejo sem fim,
amar o que queima… é incendiar-se por dentro, enfim.
No céu, dançam, distantes, porém,
ela no escuro, ele no além.
Amor impossível, história sem par,
a Lua o ama, mas não pode tocar.