18/3
O olhar constrói o rumor do mundo,
pouco importa se subimos ou descemos
os caminhos, vem de longe o olhar,
tem origem na esperança do futuro.
As mãos seguram arcos de aliança,
iluminam rostos e imagens insólitas,
olhamos o céu e pensamos em voar.
19/3
Um poema sem título, na infância
uma criança perdida na claridade.
Vem de longe o rumor do mar, havia
uma praia e vento a virar páginas,
havia calma no viver, havia calor
talvez de março, havia liberdade.
Um dia a criança desenhará um barco.
21/3
A cada respirar cresce a escuridão,
traduzes o silêncio das estrelas
incrustadas na noite, a sombra
das mãos que prendeste aos dias.
O sol nasce com destino marcado,
e palavras vizinhas da distância
sobrevêm à música do tédio.
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Autor:
Paulino (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 5 de abril de 2020 07:49
- Comentário do autor sobre o poema: Estou a escrever ao som dos dias.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários1
Muito bem. Gostei de tuas liras na solidão destes tempos. Parabéns
1 ab
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