Únicos

nuncalembrar

Acontece que não sei por onde começar. Te olhar dessa janela tão alta se tornou nosso “normal”. Às vezes penso em mudar — fechar as cortinas, pintar tudo de outra cor, esquecer que toda vez que eu olhar para baixo, você vai estar lá: parado, vago.

Escrevendo sobre nós em um papel áspero, esperando que, depois de tanto esforço, ele consiga amolecer — sem partir, sem rasgar. Queria te ver sem precisar de tanto. Queria voltar para o lugar onde nós não éramos sós — éramos um grande lar.

Mas me afogo em tudo que não vejo: no desejo, no passado, nas camas, nos travesseiros, nos copos, nos pratos, nos restaurantes — e principalmente nas noites de teto marrom, de meia luz, de meio lar.

Mas esqueci: sou covarde. Não sei falar. Nos meus sonhos, só tem uma solução: _ _ _ _ _ _.

  • Autor: Cait (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de maio de 2025 15:53
  • Comentário do autor sobre o poema: Meu primeiro poema aqui, escrevi para poder respirar um pouco...
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 14


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